Marco Bruno - O Treinador De Futebol стр 2.

Шрифт
Фон

O treino é um parâmetro dinâmico que depende de factores pessoais internos e externos, pode manifestar-se de formas diferentes nos vários sistemas funcionais e orgânicos do indivíduo. Na idade infantil e na adolescência, um papel fundamental é desenvolvido das tais ditas fases sensíveis (Martin, 1982), isto é aqueles períodos do crescimento que são especialmente favoráveis ao desenrolamento e à formação de habilidades e capacidades decisivas pela prestação motora desportiva. Aplicando todos os princípios do treinamento, ocorre predispor um programa de trabalho que se adequa aos jogadores que o devem pôr em prática e ao tipo de jogo que o treinador pretende estabelecer. O treinador deve sempre ter presente a questão o que tenho que fazer e em que momento.

Procuramos pois esclarecer quais são:

Os princípios da aprendizagem (como aprende o jogador);

Os princípios do ensinamento (como deve ensinar o treinador).

O objectivo principal tem de ser aquele de induzir mudanças positivas no comportamento e nos costumes da vida. O comportamento humano se distingue nas:

Acções inatas, que não temos que aprender e que não requerem nenhuma precedente experiencia;

Acções descobertas, que descobrimos mediante um processo individual de ensaio erro voltar a tentar;

Acções assimiladas, que adquirimos dos outros indivíduos com um inconsciente processo de emulação;

Acções concebidas, devem ser ensinadas e requerem um esforço voluntario baseado numa observação analítica precisa.


Os princípios de aprendizagem

A afirmação que se um jogador treina, melhora e aperfeiçoa as suas capacidades não é taxativamente verdade, porque o treinamento determina comportamentos e adaptações quer que isso venha conduzido de forma adequada como inadequada.

Nem todas as adaptações e os comportamentos são úteis para a realização das diversas actividades desportivas.

Um treinamento eficaz e tanto como uma aprendizagem eficaz no jogo de futebol estão muito ligados à formação de atitudes, de hábitos e de movimentos correctos.

Primeiro, na ordem da importância, é a atitude contra a aprendizagem, seja da parte do treinador como do jogador.

Esta atitude deveria ser caracterizada por duas qualidades:

1. Mentalidade aberta;

2. Mentalidade ávida de saber.

Novas atitudes mentais essenciais por conceber e avaliar as ideias novas e aplicá-las, para colocar-se continuamente em discussão, mais simplesmente para actualizar-se continuamente.

Nem todas as ideias são boas pois é um erro aceitar logo uma nova ideia baseando-se num único critério da novidade, como é um erro não dar-lhe crédito sem avaliá-la.

Alguns desportos requerem de forma predominante o cuidado dos aspectos técnicos, outros daqueles atléticos: o jogo de futebol é um desporto onde é mais importante a capacidade do juízo.

À esta conclusão chega-se com uma simples analise:

Uma partida de futebol dura 90;

A bola está em jogo durante cerca de 60;

Nos 60 presume-se que cada equipa tenha a posse de bola pelo menos durante 30;

Durante estes 30 a bola está muitas vezes no ar e fora do alcance dos jogadores;

Todo o jogador em média pode ter a posse de bola durante mais de 2 a 3.

Depois desta análise fica espontânea uma questão:

O QUE FAZ O JOGADOR NOS OUTROS 57 58 EM QUE A BOLA ESTÁ EM JOGO?

A resposta é:

Aplica as próprias capacidades de juízo, toma decisões e faz escolhas.

Observamos depois que o futebol é uma das modalidades de aspectos variáveis, seja porque os jogadores e a bola podem mover-se por todo o campo, seja porque as regras por respeitar são poucas, percebemos que as situações mudam rapidamente e requerem da parte dos jogadores rapidez na execução e concentração. Tudo isto nos leva ao problema fundamental que não écomo se treina, mas como aprende um jogador.


Para estimular os jogadores com sucesso o treinador deve tomar em consideração os seguintes factores:

1) O interesse: o jogador pouco interessado e motivado, dedica escasso empenho às actividades propostas.

2) O entusiasmo: o jogador que tem falta de entusiasmo não é útil a si próprio e ao grupo.

3) A colaboração: trabalhar junto ao grupo para o alcance do objectivo comum.

4) O exemplo: ver jogar uns campeões ou melhor vendo correctas acções de jogo, mediante o uso de filmados podem-se trazer melhoramentos na aprendizagem, seja sobre as atitudes como sobre os hábitos.

5) A frequência aos treinos: a qualidade do treino é mais importante que a frequência. Na presença de qualidade, mais tempo será dedicado ao treino maior serão os benefícios.

6) O conhecimento dos benefícios: quem obtém bons benefícios treina mais a vontade. Num treino bem realizado os jogadores dão-se conta dos progressos obtidos.

7) O espírito de competição: para desenvolver as próprias habilidades é necessária uma contínua procura de superação das próprias capacidades e dos próprios limites. Os jogadores melhorarão se forem dados tarefas cada vez mais absorventes à condição que não sejam muito difíceis.

8) A confiança: os treinadores deveriam ensinar aos jogadores a ter confiança, mas sobretudo encorajá-los a cultivar esperanças e ambições realizáveis.


Depois de ter estabelecido como o jogador aprende, é preciso estabelecer o que tem necessidade de aprender no treino futebolístico.

Quatro são as áreas do treinamento futebolístico:

 A técnica e a táctica (capacidades coordenativas);

 A condição física (capacidades condicionais);

 A compreensão (o que fazer e o que não fazer);

 A condição psico-social (comportamentos).


1) A técnica e a táctica: são os instrumentos da profissão, quanto melhores forem tanto mais eficazes, úteis e surpreendentes serão os resultados.


2) A condição física: as habilidades não são realizáveis se não são acompanhadas por uma boa condição física. Este será a matéria predominante das nossas lições.


3) A compreensão: consiste em aprender o que se pode fazer e o que é necessário fazer e distingue o bom jogador dos outros em paridade de condição física e técnico-táctica. Tentar alguma coisa que sabe-se que não pode fazer, é tanto grave quanto fazer algo bem no momento errado.


A compreensão requer:

 Conhecimento dos princípios do jogo e das regras;

 Intuição daquilo que está para acontecer;

 Decisão de escolher sobre o que é melhor fazer;

 Percepção do espaço e tempo;

 Acção, execução pronta e imediata daquilo que se escolheu.


4) A condição psico-social: saber estar no seio dum grupo (equipa), aceitando a diversidade (habilidade, comportamentos, capacidades físicas, experiencias.) colaborando para o alcance do objectivo comum é uma condição indispensável para completar as outras.

Ваша оценка очень важна

0
Шрифт
Фон

Помогите Вашим друзьям узнать о библиотеке

Скачать книгу

Если нет возможности читать онлайн, скачайте книгу файлом для электронной книжки и читайте офлайн.

fb2.zip txt txt.zip rtf.zip a4.pdf a6.pdf mobi.prc epub ios.epub fb3

Популярные книги автора