O Damon viu-a vir na sua direção no reflexo da janela. Ele não conseguiu evitar o sorriso suave que lhe assolou os lábios quando ela o abraçou por trás. Era tão pequena que ficava escondida da sua vista. Agarrando-lhe um dos pulsos, puxou-a até ela estar à sua frente, com as costas contra peito dele.
"Há quanto tempo sabias que vocês os dois não eram irmãos?" perguntou, olhando-a nos olhos no reflexo do vidro.
"Umas horas antes de eu dizer ao Micah Ela aconchegou-se para trás, para a segurança que os braços dele ofereciam, "Falámos sobre isso esta noite." Ela sentiu os braços a apertarem e elaborou rapidamente, "Nós os três somos os únicos que sabemos... além da Sra. Tully, porque ela foi a parteira que me trouxe ao mundo. Ambos decidimos que não queremos que mais ninguém saiba."
"Escolha sábia", concordou o Damon.
Alicia mordeu o lábio inferior perguntando-se como poderia explicá-lo, para que o Damon entendesse. "Mas eu amo-o, sabes, é o meu irmão mais velho e sempre fomos chegados. Tens de me deixar vê-lo.
"Achas que sim?" Damon perguntou curiosamente.
Alicia sacudiu a cabeça e virou-se no abraço, para que pudesse olhar para ele. "Ouve-me", sorriu suavemente. O Micah ganhou o primeiro lugar na minha lista de heróis quando eu era criança, porque ele não concordava com o resto da família quando me esconderam do resto do mundo. Ele vinha sempre à escola e levava-me para longe daquela prisão... às vezes durante semanas. Ele permitiu-me a liberdade pela qual eu ansiava
Damon não confiava o suficiente em si mesmo para dizer alguma coisa, mas só por a segurar e vendo o amor a brilhar nos seus olhos ametista, a raiva estava a começar a amainar.
"E é muito inteligente. Ele disse-me que um dia eu encontraria alguém que me mostrasse o que era o verdadeiro amor." Alicia, com a mão em concha, agarrou-lhe suavemente na bochecha. "Tinha razão... Não tinha? Não me vais manter presa, pois não?"
O Damon puxou-a firmemente contra ele, envolvendo-a num abraço de aço. Ele olhou pela janela que mostrava o que se estava a tornar rapidamente num lugar muito perigoso. Ele usava esta penthouse para se esconder do Michael... Agora estava a usá-la para esconder a Alicia de qualquer coisa que pudesse prejudicá-la.
A verdade era... depois do que tinha acontecido ontem à noite, este lugar já não era suficientemente seguro para esconder algo tão precioso. Tinha que encontrar um lugar só deles os dois, para o poder proteger contra demónios. Além disso... estava ansioso para voltar a lutar com o Michael.
"Então, para poder ser o teu herói, tenho de te perder de vista numa cidade instável cheia de demónios? Não é justo." Repreendeu o Damon.
"Se eu não tivesse que andar às escondidas, saberias sempre onde estou." Alicia disse e susteve a respiração por um momento antes de continuar, "Não quero ter ressentimentos sobre ti... Eu amo-te."
Damon suspirou suavemente: "Eu também te amo... é por isso que só vou concordar com a tua liberdade se vier com condições.
"E essas condições seriam?", perguntou cética.
O Damon sorriu: "Eu ensino-te a protegeres-te, quando não estiver por perto para o fazer por ti."
"Aulas de luta?" Alicia não podia conter a excitação. "Estou contigo!".
"Devias estar, porque és mesmo uma porcaria a lutar." Quando tentou bater-lhe, Damon apenas prendeu-lhe os braços contra ele e fez uma rasteira aos pés, obrigando-a a perder o equilíbrio. Baixando-a para o chão, sentiu-se endurecer enquanto se punha em cima dela.
"O meu ponto de vista está provado", disse enquanto a olhava nos olhos.
A Alicia rosnou-lhe, mostrando os dentes, numa adorável demonstração de desafio.
"E não vai haver mais segredos entre nós", terminou Damon com um olhar duro.
O rosnar parou e ela deu-lhe um sorriso sedutor, mexendo-se debaixo dele, "Eu quero-te". A sua voz era pura sedução. Ela esperou até ele relaxar o aperto e começar a levar os lábios aos dela. A Alicia virou-se rapidamente, levando-o com ela. Ela pôs-se com força em cima da barriga dele, com um sorriso, enquanto olhava para ele desafiante.
"O meu ponto de vista está provado", ironizou e mexeu-se sedutoramente novamente.
"Achas que sim?" O Damon levantou-os ambos do chão e prendeu-a à parede antes de ela poder pestanejar. Enfiou a perna entre as dela, elevando-a até ela ficar montada na coxa dele. Inclinando-se para a orelha, ele sugou-lhe o lóbulo sensível entre os lábios e sussurrou, "Dois podem jogar neste jogo."
A Alicia sentiu-se derreter e balançou-se contra a coxa, a querer mais. Gosto da forma como me treinas."
Damon rosnou com a excitação sexual que as esta palavras induziam e esmagou-lhe os lábios com os dele, num frenesim repentino de pura necessidade. Dar-lhe-ia tudo o que ela precisava..., mas a liberdade não estava na lista. Depois de ter visto uma fração do que tinha saído daquela fenda, ele seguia todos os movimentos dela, mesmo que ela não o soubesse. Se ela pensava que ele era muito protetor antes... Não fazia ideia nenhuma.
O que o Damon escondia dela era o seu próprio medo... medo de que se ele a deixasse fora da vista, nunca mais a veria, viva ou morta. Ele já tinha experimentado a dor de perder uma mulher de quem gostava no passado, devido à estupidez dele e do Michael. A diferença agora era que o Damon sentia muito mais do que um simples gostar. Ele amava a Alicia para além da razão.