Морган Райс - Escrava, Guerreira e Rainha стр 5.

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Os estandartes reais foram erguidos, as trombetas soaram e, quando os portões de ferro se abriram, um em cada extremidade do Stade, os lordes de combate, um após o outro, saíram dos negros buracos, com a sua armadura de couro e ferro a capturar a luz do sol, emitindo faíscas de luz.

A multidão vibrava enquanto os brutamontes marchavam para a arena. Ceres levantou-se com eles, aplaudindo. Os guerreiros terminaram num círculo virados para o exterior, com os seus machados, espadas, lanças, escudos, tridentes, chicotes e outras armas erguidas para o céu.

"Salve, Rei Claudius", gritaram.

As trombetas soaram novamente e a carruagem dourada do Rei Claudius e da Rainha Athena avançou rapidamente pela arena vinda de uma das entradas. Em seguida, avançou uma carruagem com o príncipe herdeiro Avilius e a princesa Floriana e, a seguir a eles, uma comitiva inteira de carruagens que transportam a realeza inundou a arena. Cada carruagem era rebocada por dois cavalos brancos como a neve, adornados com pedras preciosas e ouro.

Quando Ceres vislumbrou o príncipe Thanos entre eles, ficou chocada com a expressão do rapaz de dezanove anos. De vez em quando, quando fazia a entrega de espadas para o seu pai, ela via-o a falar com os lordes de combate no palácio e ele carregava sempre aquela expressão azeda de superioridade. Ao seu físico não faltava nada quando o que estava em causa eram os gostos de um guerreiro - ele quase que poderia ser confundido com um - os braços abaulados com músculo, a cintura estreita e musculada e as suas pernas duras como troncos de árvores. No entanto, enfurecia-a como ele aparentava não ter nenhum respeito ou paixão pela sua posição.

Enquanto a realeza desfilava até aos seus lugares no pódio, as trombetas soaram novamente, sinalizando que a Matança estava prestes a começar.

A multidão vibrou quando todos os senhores de combate, exceto dois, retiraram-se de volta para os portões de ferro.

Ceres reconheceu um deles como Stefanus, mas não conseguia perceber quem era o outro brutamontes que vestia nada para além de um capacete com viseira e uma tanga presa por um cinto de couro. Talvez ele tivesse viajado de longe para lutar. A sua pele bem oleada era da cor de solo fértil e o seu cabelo era tão negro como a noite mais escura. Pelas ranhuras do capacete, Ceres conseguia ver o olhar de determinação nos olhos dele, percebendo imediatamente que Stefanus não viveria mais de uma hora.

"Não te preocupes", disse Ceres, olhando para Nesos. "Deixo-te ficar com a espada."

"Ele ainda não foi derrotado", respondeu Nesos com um sorriso. "Stefanus não seria o favorito de todos se não fosse superior."

Quando Stefanus levantou o seu tridente e o seu escudo, a multidão ficou em silêncio.

"Stefanus!", gritou do camarote um dos jovens ricos do sexo masculino, com um punho levantado. "Poder e coragem!"

Stefanus acenou com a cabeça para os jovens e o público vibrava em aprovação. De seguida, atirou-se ao forasteiro com força total. O forasteiro desviou-se subitamente, girando e golpeando Stefanus com a sua espada, falhando por pouco.

Ceres encolheu-se. Com reflexos assim, Stefanus não iria durar muito.

Golpeando sem parar o escudo de Stefanus, o forasteiro rugia enquanto Stefanus recuava. Stefanus, desesperado, arremessou por fim a ponta do seu escudo contra o rosto do seu adversário. Quando o seu inimigo caiu, o seu sangue pulverizou-se pelo ar.

Ceres pensou que aquele era um movimento bastante bom. Talvez Stefanus tivesse melhorado a sua técnica desde a última vez que ela o tinha visto a treinar.

"Stefanus! Stefanus! Stefanus!", os espetadores entoavam.

Stefanus ficou aos pés do guerreiro ferido, mas precisamente no momento em que ele estava prestes a esfaqueá-lo com o tridente, o forasteiro levantou os pés e pontapeou Stefanus que caiu para trás, aterrando de costas. Ambos puseram-se de pé tão rapidamente quanto os gatos, encarando-se novamente.

Os seus olhos fixaram-se e eles começaram a circular à volta um ao outro. O perigo no ar era palpável, pensou Ceres.

O forasteiro rosnou e ergueu a sua espada enquanto corria em direção a Stefanus. Stefanus virou-se rapidamente para o lado e golpeou-o na coxa. Em troca, o forasteiro balançou a sua espada e golpeou o braço de Stefanus.

Ambos os guerreiros grunhiam de dor, mas era como se as feridas guiassem a sua fúria em vez de os abrandar. O forasteiro tirou o capacete e atirou-o ao chão. O seu queixo de barba negra estava a sangrar, o olho direito inchado, mas a sua expressão fez com que Ceres pensasse que ele estava farto de brincar com Stefanus e estava a avançar para o matar. Quão rapidamente seria ele capaz de o matar?

Stefanus avançou na direção do forasteiro. Ceres ficou sem fôlego quando o tridente de Stefanus colidiu com a espada do seu oponente. Olhos nos olhos, os guerreiros lutavam um contra o outro, grunhindo, ofegantes, empurrando-se, com os seus protuberantes vasos sanguíneos nas testas e os músculos salientes sob a pele suada.

O forasteiro baixou-se e contorceu-se e, sem Ceres estar à espera, girou como um furacão, cortou o ar com a sua espada e decapitou Stefanus.

Depois de algumas respirações, o forasteiro triunfantemente ergueu o braço no ar.

Por um segundo, a multidão ficou completamente em silêncio. Até mesmo Ceres. Ela olhou para o adolescente que era o dono de Stefanus. Estava de boca aberta, com as sobrancelhas unidas em fúria.

O adolescente arremessou a sua taça de prata para a arena e saiu do camarote. A morte é o grande equalizador, pensou Ceres reprimindo um sorriso.

"August!", gritou um homem no meio da multidão. "August! August!"

Um após o outro os espectadores uniram-se, até todo o estádio ficar a gritar o nome do vencedor. O forasteiro fez uma vénia ao rei Claudius e, em seguida, três outros guerreiros vieram a correr dos portões de ferro, substituindo-o.

No decorrer do dia, as lutas seguiram-se umas após as outras. Ceres assistia com os olhos bem abertos. Ela não conseguia decidir-se lá muito bem sobre se odiava ou adorava as Matanças. Por um lado, ela gostava de observar a estratégia, a habilidade e a bravura dos candidatos; mas, por outro, ela desprezava o facto de os guerreiros não passarem de peões para os ricos.

Com a última luta da primeira ronda, Brennius e outro guerreiro lutaram mesmo ao lado de onde Ceres, Rexus e os seus irmãos estavam sentados. Estavam cada vez mais perto, com as suas espadas a retinir e faíscas a voar. Era emocionante.

Ceres observava Sartes que se inclinava sobre o gradeamento com os olhos colados nos combatentes.

"Encosta-te para trás!", gritou-lhe ela.

Mas antes de ele conseguir responder, de repente, um omnigato saltou para fora de uma escotilha no chão do outro lado do estádio. A enorme besta lambia os seus caninos e as suas garras escavavam o solo vermelho enquanto se dirigia para os guerreiros. Os lordes de combate ainda não tinha visto o animal e o estádio susteve a respiração.

"Brennius está morto", murmurou Nesos.

"Sartes!", gritou novamente Ceres. "Eu disse para te chegares para trás…"

Ela não teve hipótese de terminar as suas palavras. Precisamente naquele momento, a pedra debaixo das mãos de Sartes soltou-se e, antes que alguém conseguisse reagir, ele caiu por cima do gradeamento, aterrando com um estrondo na arena.

"Sartes!", gritou Ceres horrorizada virando-se para baixo.

Ceres olhou para baixo e viu Sartes, dez pés abaixo, sentar-se e encostar-se de costas contra a parede. O seu lábio inferior tremia, mas não havia lágrimas. Não havia palavras. Segurando o seu braço, ele olhou para cima, com uma expressão de agonia no seu rosto.

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