Морган Райс - O Orbe de Kandra стр 8.

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A Srta. Belfry parecia atordoada. Ela apenas balançou a cabeça devagar, enquanto seus olhos se moviam discretamente de um lado para o outro dentro das órbitas. Parecia que estava tentando processar tudo o que ele acabara de contar. Era muito para absorver de uma vez, pensou Oliver. Ele esperava que seu cérebro não explodisse com aquilo.

"Fascinante", ela falou, finalmente.

Então, se recostou na cadeira, ainda com os olhos fixos nele. Eles estavam cheios de curiosidade e admiração.

Oliver esperou, com o estômago revirando de antecipação.

Finalmente, a Srta. Belfry deu uma leve batidinha no queixo com o dedo. "Posso ver a bússola?"

Ele a pegou da bolsa e entregou a ela. Ela examinou o objeto muito devagar. Então, pareceu subitamente muito animada.

"Eu vi uma assim uma vez..."

"Sério?"

"Sim. Pertencia ao Professor Rouxinol, de Harvard. Um antigo professor meu. O homem mais brilhante que já conheci".

Sua animação era palpável. Oliver viu quando ela pulou da cadeira e correu para a estante de livros. Pegou um livro e entregou a ele.

Oliver olhou para o livro com curiosidade, e leu o título. "A Teoria da Viagem no Tempo". Ele ficou perplexo e seu olhar se ergueu para encontrar o dela. "Eu... não entendo".

A Srta. Belfry se sentou novamente. "A especialidade do professor Rouxinol era física - com ênfase na viagem no tempo".

Oliver ficou tonto. "Você acha que ele pode ser um Vidente? Como eu?"

Ele pensava que não havia outros em sua linha do tempo. Mas talvez esse professor Rouxinol fosse um deles. Talvez por isso a bússola o tenha guiado até a Srta. Belfry, em primeiro lugar.

"Sempre que ele me ensinava sobre um novo inventor, falava como se os conhecesse pessoalmente". Ela levou a mão à boca e balançou a cabeça em descrença. "Mas agora eu percebo que ele realmente conhecia. Ele deve ter viajado através do tempo para conhecê-los!"

Oliver se sentiu sobrecarregado. Seu coração começou a bater descontroladamente. Mas Belfry descansou a mão sobre a dele, confortando-o.

"Oliver", ela falou, gentil, "acho que você deveria conhecê-lo. Acho que o caminho para os seus pais e para o seu destino passa por ele".

Assim que ela disse isso, Belfry pareceu perplexa.

"Oliver, olhe".

Só então, Oliver viu os mostradores de sua bússola se moverem. Um apontou para o símbolo de uma folha de carvalho. O segundo apontou para um símbolo que se assemelhava a um pássaro. O terceiro permaneceu na imagem de um capelo de formatura.

Os olhos de Oliver se arregalaram de surpresa.

Ele apontou para a folha de carvalho. "Boston". Então, para o pássaro. "Rouxinol". E, finalmente, para o capelo. "Professor." Sentiu-se muito animado. "Você está certa. Eu tenho que ir para Boston. Conhecer o Professor Rouxinol. Ele tem a próxima pista".

A Srta. Belfry rapidamente rabiscou algo em seu caderno e depois rasgou a página. "Tome. É o endereço dele".

Oliver pegou o papel e olhou para o endereço. Aquela era a próxima peça do quebra-cabeça em sua missão? O professor Rouxinol era outro Vidente?

Ele dobrou o papel com cuidado e colocou-o no bolso, subitamente ansioso para começar sua jornada. Levantou-se logo.

"Espere", disse Belfry. "Oliver. O livro". O livro de viagens no tempo do professor Rouxinol estava em sua mesa. "Pegue", ela acrescentou. "Quero que fique com ele".

"Obrigado", Oliver disse, sentindo-se emocionado e agradecido. A Srta. Belfry era realmente a melhor professora não-Vidente que ele já teve.

Ele pegou o livro e se dirigiu para a porta. Mas então ouviu a Srta. Belfry chamar.

"Você nunca mais vai voltar?"

Ele fez uma pausa e olhou para ela. "Eu não sei".

Ela assentiu, triste. "Bem, se isso é um adeus, então tudo o que resta a dizer é boa sorte. Espero que você encontre o que procura, Oliver Blue".

Oliver sentiu um profundo sentimento de gratidão. Sem a Srta. Belfry, ele provavelmente não teria sobrevivido àqueles miseráveis primeiros dias em Nova Jersey. "Obrigado, senhorita Belfry. Obrigado por tudo".

Oliver saiu correndo da sala, ansioso para pegar o primeiro trem para Boston e conhecer o Professor Rouxinol. Mas se ele iria partir de Nova Jersey para sempre, havia uma coisa que precisava fazer primeiro.

Os valentões.

Era hora do almoço.

E ele tinha mais uma coisa a corrigir no mundo.


*


Ele desceu apressadamente os degraus, enquanto o cheiro de frituras gordurosas flutuava do refeitório. Ele e a Srta. Belfry tinham conversado por tanto tempo que já era hora do almoço.

Perfeito, Oliver pensou.

Dirigiu-se para o refeitório. Estava cheio de estudantes e extremamente barulhento. Ele viu Paul e Samantha, seus algozes da aula de ciências. Olharam para ele e começaram a apontar e sussurrar. Outras crianças também se viraram, todas rindo de Oliver. Ele viu as crianças que jogaram bolas nele na quadra. As crianças da turma do Sr. Portendorfer que se deleitaram com a insistência do velho professor rabugento em chamá-lo de Oscar.

Oliver examinou o lugar com os olhos até encontrar seu alvo: Chris e seus amigos. Os que o haviam perseguido durante a tempestade. Até ele ter que entrar em uma lata de lixo. Que o chamaram de esquisito, aberração e mais um monte de xingamentos horríveis.

Eles o notaram também. A garota malvada que usava o cabelo em tranças de aparência severa começou a sorrir. Cutucou o rapaz magro e sardento que tinha assistido com alegria enquanto Chris prendeu Oliver em uma gravata. Até onde eles sabiam, ontem haviam perseguido Oliver durante uma tempestade, forçando-o a se esconder em uma lata de lixo. Vê-los sorrir o fez cerrar os dentes com uma súbita onda de raiva.

Chris também levantou o olhar. Qualquer indício do medo que mostrava em relação a Oliver em sua sala de estar tinha desaparecido, agora que ele estava cercado por seus amigos valentões.

Mesmo do outro lado do refeitório, Oliver podia ler os lábios de Chris enquanto dizia a seus amigos: "Ah, olhem, é o rato encharcado".

Oliver concentrou toda a atenção na mesa deles. Então, convocou seus poderes.

As bandejas começaram a flutuar da mesa. A garota pulou para trás em sua cadeira, completamente aterrorizada.

"O que está acontecendo?"

O menino sardento e o garoto gordinho também saltaram, parecendo igualmente assustados, gemendo de medo. Chris pulou da cadeira. Mas ele não parecia assustado. Parecia furioso.

Ao redor da mesa, outros estudantes começaram a se virar para ver o motivo da comoção. Quando viram as bandejas subindo no ar como por magia, começaram a entrar em pânico.

Oliver fez as bandejas subirem cada vez mais alto. Então, quando estavam na altura da cabeça deles, ele as inclinou.

O que havia nas bandejas caiu como uma chuva em cima dos valentões.

Vejam se gostam de estar cobertos de lixo, pensou Oliver.

O refeitório virou um pandemônio. As crianças começaram a gritar, correndo por todo lado, empurrando-se na pressa de chegar à saída. Um dos torturadores de Oliver - coberto da cabeça aos pés com purê de batata - escorregou nos grãos que haviam sido derramados. Ele derrapou no chão, tropeçando em outro enquanto corriam.

Através do caos, Oliver viu Chris em pé no outro extremo do corredor, com os olhos apertados fixos em Oliver. Seu rosto ficou vermelho de raiva. Ele estufou sua enorme estrutura corporal para parecer mais ameaçador.

Mas Oliver não se sentiu ameaçado. Nem um pouco.

"Você!" Chris gritou. "Eu sei o que é você! Eu sempre soube! Você tem poderes estranhos, não é? Você é uma aberração!"

Ele correu na direção de Oliver.

Mas Oliver já estava dois passos à frente. Ele usou seus poderes, cobrindo o chão sob os pés de Chris com óleo espesso e escorregadio. Chris começou a oscilar, depois cambaleou e deslizou. Ele não conseguia manter o equilíbrio e caiu de bunda no chão. Então, começou a deslizar na direção de Oliver, como se estivesse em um tobogã.

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