Substancialmente, propor os fantoches como instrumento de valor no âmbito educativo quer dizer saber:
- Oferecer um canal alternativo de comunicação e de livre expressão, criando as condições para facilitar às crianças e aos adultos para experimentar livremente tais linguagens de forma que, cada um a sua maneira, possa descobrir, estruturar ou integrar conhecimentos, habilidades e vários aspectos da sua personalidade e da sua história (Cfr. Dolci e Eleta, 2017);
- Promover acessos alternativos ao conhecimento, à experiencia, à participação e a partilha;
- Criar uma oportunidade de auscultação e de aceitação para todos;
- Gerar contextos educativos motivantes, gratificantes e inclusivos.
O que entendemos por fantoche?
"O fantoche é um instrumento do teatro de animação, aquela particular arte teatral que, concretamente, utiliza fantoches, marionetas, bonecos e sombras como protagonistas do espectáculo na qualidade de sinais de uma linguagem fortemente visual e sensorial No teatro de animação, além de fantoches, podemos pois compreender as marionetas, os pupi (fantoche siciliano da época cavaleiresca) mas também as mãos nuas.
Alguns artistas fabricantes de fantoches de talento manipulam no cenário objectos comuns sapatos, utensílios da cozinha, ou mais. Também neste caso trata-se de fantoches porque adquirem a função teatral.(Cfr.Dolci e Minoia: 63-84, 2009; Cfr. Dolci e Eleta, 2017)
No âmbito educativo, a escolha de uma técnica mais que uma outra coisa deve ser avaliada tendo em consideração algumas variáveis fundamentais como a familiaridade com a linguagem e o instrumento por animar, o objectivo a alcançar, a idade do grupo por envolver, o espaço disponível, os estímulos mais adequados para o tal grupo de crianças, etc.
Todavia, pela sua simplicidade e a sua imediação expressiva, a técnica que mais se difundiu na educação sem dúvidas é aquela do fantoche em forma de luva no interior do qual o animador enfia a sua mão. (Cfr. Dolci e Eleta, 2017)