Морган Райс - Em Busca de Heróis стр 10.

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“Você me faria nomear um herdeiro, enquanto eu ainda estou no meu auge?” MacGil retrucou.

“Meu senhor, não houve intenção de ofender.”Kelvin tropeçou com as palavras, demonstrando preocupação.

MacGil ergueu uma mão. “Sei que é a tradição. E de fato, designarei um herdeiro hoje.”

“Pode informar-nos sobre quem será?” Firth indagou.

MacGil olhou duramente para ele, irritado. Firth era um mexeriqueiro, ele não confiava nesse homem.

“Você será informado ao seu devido tempo.”

MacGil levantou-se e os demais fizeram o mesmo. Eles fizeram uma reverência, viraram-se e se apressaram em sair da sala.

MacGil permaneceu ali pensando, por quanto tempo, ele não sabia. Em dias como esse, ele desejava não ser rei.

*

MacGil desceu do seu trono, suas botas ecoando no silêncio, cruzou a sala. Ele mesmo abriu a porta de carvalho antiga, puxou o trinco de ferro e entrou em uma câmara lateral.

Ele desfrutou da paz e solidão dessa sala aconchegante, como sempre fazia. A distância entre suas paredes dificilmente chegava a vinte passos em cada direção, apesar de ter um impressionante teto arqueado. O quarto era feito inteiramente de pedra, com um pequeno vitral redondo em uma parede. A luz derramava-se através de amarelos e vermelhos, iluminando um único objeto na sala, que se não fosse por ele, estaria vazia. A Espada do Destino.

Ela ficava ali, no centro da câmara, jazia em posição horizontal sobre suportes de ferro em forma de forquilha, bela como uma mulher sedutora. Como tinha feito desde que era garoto MacGil caminhou em volta dela, examinando-a. A Espada do Destino. A espada da lenda, a fonte da força e o poder de todo o seu reino, de geração em geração. Aquele que tivesse a força para levantá-lo seria o escolhido. Aquele destinado a governar o Reino por toda a vida, aquele destinado a livrar o reino de todas as suas ameaças, dentro e fora do Anel. Tinha sido uma bela lenda com a qual crescer, nem bem ele tinha sido ungido como rei, MacGil havia tentado levantá-la, tal como era permitido unicamente aos reis MacGil. Os reis anteriores a ele, todos eles haviam falhado. Ele tinha certeza que com ele seria diferente. Ele tinha certeza que seria o único escolhido.

Mas ele estava errado. Como também estiveram todos os reis MacGil antes dele. E seu fracasso tinha maculado sua realeza, desde então.

Ao olhar para ela agora, ele examinou sua longa lâmina, feita de um metal misterioso que ninguém nunca tinha decifrado. A origem da espada era ainda mais obscura, os rumores diziam que ela emergiu da terra no meio de um terremoto.

Ao examiná-la, ele mais uma ele vez sentiu a ferroada do fracasso. Ele poderia ser um bom rei, mas ele não era o escolhido. Seu povo sabia disso. Seus inimigos sabiam disso. Ele podia ser um bom rei, mas sem importar o que ele fizesse, ele nunca seria o escolhido.

Se fosse assim, ele suspeitava de que haveria menos perturbações entre sua corte, menos confabulações. Seu próprio povo confiaria mais nele, seus inimigos não considerariam atacá-lo. Uma parte dele desejava que a espada simplesmente desaparecesse, e com ela – a lenda. Mas ele sabia que não seria assim. Essa era a maldição e o poder de uma lenda. Mais forte até mesmo do que um exército.

Quando MacGil olhou para ela pela milésima vez, não pode evitar mais uma vez pensar em quem poderia ser. Quem da sua linhagem estaria destinado a empunhá-la? Quando ele pensou sobre o que tinha diante de si, sua tarefa de nomear um herdeiro, ele se indagava quem, se é que alguém estaria destinado a levantá-la.

“O peso da espada é grande.” Ouviu-se uma voz dizer.

MacGil girou em seus calcanhares, surpreso de ter companhia naquela pequena sala.

Ali, de pé à entrada da sala, estava Argon. MacGil reconheceu a voz antes mesmo de vê-lo. Estava contente de vê-lo agora, mas ao mesmo tempo, irritado por sua ausência durante a audiência com os conselheiros.

“Você está atrasado.” MacGil disse.

“Sua noção do tempo não se aplica a mim.” Argon retrucou.

MacGil voltou sua atenção para a espada.

“Você pensou alguma vez que eu teria sido capaz de levantá-la? Ele perguntou pensativamente. No dia em que eu me tornei rei?”

“Não.” Argon respondeu secamente.

MacGil virou-se e o encarou.

“Você sabia que eu não seria capaz. Você percebeu isso, não foi?”

“Sim.”

MacGil ponderou a resposta.

“Eu me assusto quando você responde assim em forma tão direta. Você não é assim.”

Argon permaneceu em silêncio, finalmente MacGil percebeu que ele não diria mais nada.

“Eu nomeio meu sucessor hoje.” MacGil disse. “Parece fútil nomear um herdeiro neste dia. Isso tira a alegria de um rei no casamento da sua filha.”

“Talvez tal alegria deva ser moderada.”

“Mas eu tenho tantos anos para reinar.” MacGil declarou.

“Talvez não tantos quanto você pensa.” Argon respondeu.

MacGil estreitou os olhos, pensando. Qual era a mensagem?

Porém Argon não acrescentou nada mais.

“Seis filhos. A qual devo escolher?” MacGil indagou.

“Por que me pergunta? Você já fez sua escolha.”

MacGil olhou para ele. “Você vê muito. Sim, já fiz. Mas eu ainda desejo saber o que você pensa.”

“Eu creio que você fez uma escolha sábia.” Argon disse. “Porém lembre-se: um rei não pode governar desde o túmulo. Independentemente de quem você achar que escolheu, o destino tem a sua própria maneira de escolher.”

“Eu viverei muito Argon?” MacGil perguntou seriamente, fazendo a pergunta cuja resposta ele desejava saber, desde que ele tinha despertado de um horrível pesadelo na noite anterior.

“Ontem à noite eu sonhei com um corvo.” Ele acrescentou. “Ele veio e roubou a minha coroa. Então veio outro e me levou. Quando ele fez isso, eu vi o meu reino espalhar-se debaixo de mim. Se tornou negro quando eu fui levado. Desolado. Um ermo.”

Ele olhou para Argon, seus olhos estavam cheios d’água.

“Seria um sonho? Ou algo mais?”

“Os sonhos são sempre algo a mais, não são?” Perguntou Argon.

MacGil foi atingido por um sentimento de desânimo.

“Onde está o perigo? Apenas diga-me que tão perto está.

Argon se aproximou e olhou-o nos olhos com muita intensidade, MacGil sentia como se estivesse olhando para outro reino.

Argon se inclinou para frente, sussurrou:

“Sempre mais perto do que você pensa.”

CAPÍTULO QUATRO

Thor se ocultou no meio da palha na traseira de uma carroça, quando ela passou perto dele ao longo da estrada do país. Ele fez o caminho para a estrada na noite anterior e esperou pacientemente até que aparecesse uma carroça grande o suficiente para que ele a abordasse sem ser notado. Estava escuro naquele momento e a carroça marchava lentamente, apenas o suficiente para que ele pudesse correr a um ritmo que lhe permitisse saltar dentro dela pela parte de trás. Ele pousou no feno e meteu-se dentro dele cobrindo-se totalmente. Felizmente, o cocheiro não o tinha visto. Thor não sabia com certeza se a carroça estava indo para a corte do rei, mas estava indo naquela direção e uma carroça desse tamanho com essas marcas, poderia ir a poucos lugares. Enquanto Thor andava durante toda a noite, ele tinha permanecido acordado durante horas, pensava em seu encontro com o Sybold e com Argon; em seu destino; na casa que havia deixado e em sua mãe. Ele sentiu que o universo havia lhe respondido, tinha lhe dito que ele tinha outro destino. Ele jazia ali deitado, mãos atrás da cabeça e fitava o céu noturno, visível através da lona esfarrapada. Ele observava o universo, tão brilhante, suas estrelas vermelhas tão distantes. Ele estava eufórico. Pela primeira vez na sua vida, ele estava em uma viagem. Ele não sabia para onde, mas ele estava viajando. De um jeito ou de outro, ele chegaria à corte do rei.

Quando Thor abriu os olhos já era manhã, a luz natural inundava o dia e ele percebeu que tinha caído no sono. Ele sentou-se rapidamente, olhando ao redor, repreendendo-se por dormir. Ele deveria ter sido mais vigilante, teve muita sorte de não ter sido descoberto.

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