Морган Райс - Em Busca de Heróis стр 7.

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A pedra atingiu o olho direito da fera, estraçalhando-o. Foi um tremendo lançamento, do tipo que deixaria um animal menor abatido.

Mas esse não era nenhum animal menor. A fera era imparável. Urrava pelo dano sofrido, Mas nunca sequer abrandou. Mesmo sem um olho, mesmo com a pedra alojada em seu cérebro, continuou a investir despreocupadamente contra Thor. Não havia nada que Thor pudesse fazer.

Um momento depois, a fera estava sobre ele. Acabou com suas enormes garras golpeando seu ombro.

Thor gritava. Era como se três facas estivessem cortando sua carne ao mesmo tempo, o sangue quente jorrava dela imediatamente.

A besta o derrubou no chão, apoiando suas quatro patas sobre ele. Seu peso era imenso, era como ter um elefante sobre seu peito. Thor sentia que sua caixa torácica se esmagaria.

A besta jogou sua cabeça para trás, abriu bem as mandíbulas enormes, exibindo seus caninos e começou a baixá-los em direção à garganta de Thor.

Quando ela fez isso, Thor estendeu a mão e agarrou seu pescoço; era como agarrar um sólido músculo. Thor mal podia aguentar. Seus braços começaram a tremer quando as presas desceram ainda mais. Ele sentiu o hálito quente da fera em sua cara. Sentiu a saliva gotejando pelo seu pescoço. Um barulho veio de dentro do peito do animal, queimando as orelhas do Thor. Ele sabia que morreria.

Thor fechou os olhos.

Por favor, Deus. Dá-me forças. Permite-me lutar contra esta criatura. Por favor. Eu te imploro. Eu farei qualquer coisa que me pedires. Eu estarei sempre em dívida.

E então algo aconteceu. Thor sentiu um calor tremendo brotar de dentro de seu corpo, correndo em suas veias como um campo de energia fluindo através dele. Ele abriu os olhos e viu algo que o surpreendeu: das palmas de suas mãos emanava uma luz amarela e com elas ele empurrou para trás a garganta da fera, inacreditavelmente, ele foi capaz de igualar sua força e mantê-la à margem. Thor continuou a empurrar até que ele na verdade estava empurrando a fera para trás. Sua força crescia e ele sentiu a energia disparar como uma bala de canhão – instantes mais tarde, a besta saiu voando para trás, Thor, tinha enviado-a a uma distância de uns trinta metros. Ela caiu de costas.

Thor sentou-se, ainda não compreendia o que tinha acontecido…

A besta recuperou-se e ficou de pé. Então, em um acesso de ira, arremeteu novamente – Mas dessa vez, Thor se sentia diferente. A energia fluía através dele; sentiu-se mais poderoso do que ele jamais tinha sido.

Quando a fera saltou no ar, Thor agachou-se, agarrou-a pela barriga e jogou-a pelos ares, deixando seu próprio ímpeto propulsá-la.

A fera voou através do bosque, colidiu com uma árvore e desabou no chão.

Thor olhava, espantado. Ele tinha acabado de arremessar um Sybold?

A fera piscou duas vezes, então olhou para Thor, levantou-se e investiu novamente.

Dessa vez, quando a besta atacou, Thor agarrou-a pela garganta. Ambos caíram no chão, a besta em cima de Thor. Mas Thor rolou e ficou em cima dela. Thor a sujeitou, esganando-a com ambas as mãos; a besta continuou tentando levantar a cabeça e cravar suas presas nele. Mas falhou. Thor, sentindo uma nova força, aferrou suas mãos e não a deixou livrar-se. Ele deixou o curso de energia seguir através dele. E logo, surpreendentemente, ele sentiu-se mais forte do que a fera.

Ele estava estrangulando o Sybold até a morte. Finalmente, a besta se extinguiu.

Thor não a largou antes que passasse mais um minuto.

Ele levantou-se lentamente, sem fôlego, olhando para baixo, olhos arregalados, sustentando seu braço ferido. O que havia acabado de acontecer? Teria ele, Thor, realmente matado um Sybold?

Ele sentiu que era um sinal, desse dia e de todos os dias vindouros. Ele sentiu que algo memorável tinha acontecido. Ele tinha acabado de matar a fera mais famosa e temível de seu Reino. Sozinho. Desarmado. Não parecia verdade. Ninguém iria acreditar nele.

Ele sentiu o mundo girar enquanto se perguntava que classe de poder havia tomado conta dele, o que isso significava; quem ele realmente era… As únicas pessoas conhecidas que possuíam um poder assim eram os Druidas. Mas seu pai e sua mãe não eram Druidas, Então ele não poderia ser um.

Ou poderia?

Sentindo a presença de alguém atrás dele, Thor virou-se e viu Argon ali parado, olhando para o animal. “Como chegou aqui?”Thor perguntou, espantado…

Argon ignorou-o.

“Você presenciou o que aconteceu?” Thor perguntou ainda descrente. “Eu não sei como consegui fazer isso.”

“Mas você sabe.” Argon respondeu. “Bem no fundo, você sabe. Você é diferente dos outros.”

“Foi como… uma onda de energia.” Disse Thor. “Como uma força que eu não sabia que tinha.”

“O campo de energia.” Disse Argon. “Um dia você irá conhecê-lo muito bem. Você até mesmo poderá aprender a controlá-lo.”

Thor apertou o ombro; a dor era insuportável… Ele olhou para baixo e viu sua mão, coberta de sangue. Ele se sentia um pouco tonto, preocupado com o que aconteceria se ele não conseguisse ajuda.

Argon deu três passos para frente, estendeu a mão, agarrou a mão livre de Thor e colocou-a firmemente na ferida. Ele a manteve ali, inclinou-se para trás e fechou os olhos.

Thor sentiu uma cálida sensação percorrer seu braço. Dentro de segundos, o sangue pegajoso da sua mão se secou e ele sentiu que sua dor começava a desaparecer.

Ele olhou para baixo e não compreendia isso: ele estava curado… Tudo o que restava eram três cicatrizes no lugar que havia sido cortado pelas garras – mas elas estavam fechadas e parecia que já tinham muitos dias. Não havia mais sangue.

Thor olhou para Argon com total espanto.

“Como fez isso?” Ele perguntou.

Argon sorriu.

“Eu não fiz. Você fez. Eu apenas guiei o seu poder.”

“Mas eu não tenho o poder de curar.” Thor respondeu perplexo.

“Não tem?” Argon replicou.

“Eu não entendo. Nada disso faz sentido.” Thor disse cada vez mais impaciente… “Por favor, diga-me.”

Argon desviou o olhar.

“Algumas coisas você deverá aprender ao longo do tempo.”

Thor pensou em algo.

“Isso significa que eu posso se unir à Legião do rei?” Ele perguntou, animadamente.

“Certamente, se eu posso matar um Sybold, então eu posso me sair bem junto com os outros meninos.”

“Certamente você pode.” Ele respondeu.

“Mas eles escolheram meus irmãos – eles não me escolheram…”

“Seus irmãos não poderiam ter matado esta fera.”

Thor olhou em volta, pensando.

“Mas eles já me rejeitaram… Como posso me juntar a eles?”

“Desde quando um guerreiro precisa de convite?” Argon perguntou.

Suas palavras mergulharam bem no íntimo de Thor. Thor sentiu seu corpo aquecer-se.

“Você está dizendo que eu deveria simplesmente aparecer? “Sem ser convidado?”

Argon sorriu.

“Você cria o seu destino. Os outros não o fazem.”

Thor piscou – e um momento depois, Argon já se havia ido. Outra vez.

Thor girou ao redor, olhando em todas as direções, mas não havia nenhum vestígio dele.

“Por aqui!” ouviu-se uma voz.

Thor se virou e viu uma enorme rocha diante dele. Ele sentiu que a voz vinha de lá em cima e imediatamente escalou a pedra gigantesca.

Ele subiu até o topo e ficou confuso ao não ver nenhum sinal de Argon.

Porém, desde essa posição vantajosa, ele era capaz de ver por cima das copas das árvores de Darkwood. Ele via onde terminava Darkwood, viu o segundo sol de um verde escuro e mais além, a estrada que levava até a corte do rei.

“Esse é o seu caminho.” Disse a voz. “Se você se atrever.”

Thor virou-se, mas não viu nada. Era só uma voz ecoando. Mas ele sabia que Argon estava, em algum lugar, incitando-o. E sentia, bem no fundo, que ele estava certo.

Sem hesitar por mais um momento, Thor desceu da rocha e tomou o rumo do bosque, em direção à estrada distante.

Ele corria para o seu destino.

CAPÍTULO TRÊS

O Rei MacGil – corpulento, o peito forte como um barril, de barba cinzenta e espessa, com a qual seu longo cabelo combinava perfeitamente e uma testa larga, marcada por muitas batalhas – estava de pé nas muralhas mais altas do seu castelo e ao lado dele estava a rainha, ele presenciava as florescentes festividades do dia. Os jardins reais se estendiam abaixo em toda a sua glória, chegando até onde a vista podia alcançar, uma cidade próspera, amuralhada por antigas fortificações de pedra. A Corte do Rei. Interligados por um labirinto de ruas sinuosas assentavam-se edifícios de pedras de todas as formas e tamanhos. – destinavam-se aos guerreiros, zeladores, cavalos, ao Exército Prata, à Legião, aos guardas do quartel, à Casa de Armas, ao arsenal – e entre eles, havia centenas de moradias para a multidão de pessoas que tinha escolhido viver dentro das muralhas da cidade. Entre essas ruas se estendiam hectares de grama, jardins reais, praças pavimentadas, fontes transbordantes. A corte do rei havia melhorado durante os séculos, graças a seu pai e ao pai dele – e encontrava-se agora no auge de sua glória. Sem dúvida, era agora a fortaleza mais segura no seio do Reino Ocidental do Anel.

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