Морган Райс - Em Busca de Heróis стр 8.

Шрифт
Фон

MacGil foi abençoado com os melhores e mais leais guerreiros que qualquer rei já tinha conhecido e em sua vida, ninguém tinha ousado um ataque. O sétimo MacGil a ocupar o trono. Ele o havia ocupado bem por trinta e dois anos de reinado, tinha sido um rei bom e sábio. A terra tinha prosperado grandemente em seu reinado. Ele havia duplicado o seu exército, expandido suas cidades, brindando ao seu povo muitos benefícios e nem uma única reclamação poderia ser ouvida entre o seu povo. Ele era conhecido como o rei generoso e nunca tinha havido um período de graça e paz assim, desde que ele assumira o trono.

O que, paradoxalmente, era precisamente o que mantinha MacGil desperto à noite. Visto que MacGil conhecia sua história: em todas as épocas, nunca houve uma fase tão longa sem uma guerra. Ele já não se perguntava se haveria um ataque – mas quando ocorreria. E de quem seria.

A grande ameaça, claro, provinha de mais além dos limites do Anel, do império de selvagens que governava as regiões selvagens mais afastadas, os quais tinham subjugado todos os povos de fora do Anel, além do Canyon. Para MacGil e as sete gerações anteriores a ele, os selvagens nunca representaram uma ameaça direta. Devido à geografia única de seu reino, em forma de perfeito círculo – um anel— separado do resto do mundo por um profundo desfiladeiro de uma milha de largura e protegido por um escudo de energia que tinha estado ativo desde que o primeiro MacGil governou. Eles tinham pouco a temer os selvagens. Eles tinham tentado atacar muitas vezes e penetrar o escudo, cruzar o desfiladeiro; nunca foram bem sucedidos. Enquanto ele e seu povo permanecessem dentro do Anel, não haveria nenhuma ameaça externa.

No entanto, isso não significava que não houvesse nenhuma ameaça interna. E isso era o que mantinha MacGil em vigília à noite, ultimamente. Esse, na verdade, era o propósito das festividades do dia de hoje: o casamento de sua filha mais velha. Um casamento arranjado especificamente para apaziguar seus inimigos, para manter a frágil paz entre os Reinos do lado Oriental e Ocidental do Anel.

Enquanto o Anel estendia-se por cerca de quinhentas milhas em cada sentido, estava dividido ao meio por uma cadeia de montanhas. As Highlands. Do outro lado das Highlands situava-se o Reino Oriental, o qual governava a outra metade do Anel. E esse reino, governado por séculos por seus rivais, os McClouds, sempre tentou quebrar sua frágil trégua com os MacGils. Os McClouds estavam descontentes, insatisfeitos com a sua sorte, convencidos de que as terras do seu lado do reino eram menos férteis. Eles contestaram as Highlands também, insistindo que toda a cadeia de montanhas lhes pertencia, quando pelo menos metade dela era propriedade dos MacGils. Havia atritos perpétuos na fronteira e constantes ameaças de invasão.

Quando MacGil ponderava sobre tudo isso, ele se irritava. Os McClouds deveriam estar felizes; eles estavam seguros dentro do Anel, protegidos pelo desfiladeiro; eles situavam-se em terras privilegiadas e não tinham nada a temer. Por que eles não podiam contentar-se com sua própria metade do Anel? Pela primeira vez na história, os McClouds não tinham ousado realizar um ataque, mas isso era apenas porque MacGil tinha constituído um exército muito poderoso. Porém MacGil, como rei sábio que era, sentia algo no horizonte; ele sabia que essa paz não poderia durar por muito tempo… Assim, ele tinha arranjado esse casamento: o de sua filha mais velha com o príncipe mais velho dos McClouds. E agora havia chegado o dia.

Quando ele olhou para baixo, viu espalhados milhares de súditos vestidos com túnicas coloridas, em grupos de todos os cantos do reino, de ambos os lados das Highlands. Praticamente todo o Anel afluía à suas fortificações. Seu povo tinha se preparado durante meses, ele mandou fazer tudo parecer próspero e forte. Esse não era apenas o dia de um casamento; era um dia para enviar uma mensagem para os McClouds.

MacGil supervisou suas centenas de soldados alinhados estrategicamente ao longo das muralhas, nas ruas, ao longo dos muros, mais soldados do que ele jamais poderia precisar – e se sentiu satisfeito. Era a demonstração de força que ele desejava. Mas ele também se sentia a beira de um conflito; o ambiente estava carregado, pronto para uma escaramuça. Ele esperava que ninguém de cabeça quente, exaltado pela bebida, se levantasse em nenhum dos lados.

Ele examinou os campos de torneios, campos de jogos e pensou no dia seguinte, cheio de jogos, torneios e todos os tipos de festas. Eles seriam intensos. Os McClouds certamente apareceriam com o seu próprio pequeno exército e cada duelo, cada luta, cada competição, seria significativa. Se uma que fosse desse errado, ela poderia evoluir para uma batalha.

“Meu Rei?”

Ele sentiu uma mão macia sobre a sua e virou-se para ver a sua rainha, Krea, ainda a mulher mais bonita que já tinha conhecido. Sua devota esposa durante todo o seu reinado. Ela havia dado a luz a cinco filhos, entre eles três filhos homens e jamais havia feito uma queixa. Além disso, ela havia se tornado “o seu conselheiro” mais confiável. Com o passar dos anos, ele veio a reconhecer que ela era muito mais sábia que todos os seus homens. Na verdade, mais sábia do que ele mesmo.

“É um dia político”. Disse ela. “Mas também é o dia do casamento da nossa filha. Tente se divertir. Isso não vai acontecer duas vezes.”

“Eu me preocupava menos quando eu não tinha nada”. Ele respondeu. “Agora que temos tudo, tudo me preocupa. Estamos seguros. Mas eu não me sinto seguro.”

Ela olhou para ele com olhos compassivos, grandes e castanhos; eles pareciam possuir toda a sabedoria do mundo. Suas pálpebras caíram, como sempre faziam, fazendo-a parecer um pouco sonolenta, seu rosto estava emoldurado por seu belo cabelo liso castanho, já com alguns fios grisalhos, que caía dos dois lados do rosto. Ela tinha algumas linhas no rosto, mas não tinha mudado nem um pouco.

“Isso é porque você não está a salvo.” Ela disse. “Nenhum rei o está. Há mais espiões em nossa corte do que alguma vez vai querer saber. E é assim que as coisas são.”

Ela se inclinou, beijou-o e sorriu.

“Tente desfrutar.” Ela disse. “Depois de tudo é um casamento.”

Com isso, ela se virou e se afastou das muralhas. Ele observou-a ir, em seguida virou-se e olhou para sua corte. Ela estava certa; ela estava sempre certa. Ele queria se divertir. Ele amava sua filha mais velha e era um casamento depois de tudo. Era o dia mais bonito da época mais bonita do ano; o auge da primavera, com o amanhecer de verão; os dois sóis perfeitos no céu e a mais leve das brisas a soprar. Tudo estava em plena floração. As árvores em todos os lugares estavam banhadas em uma ampla paleta de rosas, roxos, laranjas e brancos.

Não havia nada que ele desejasse mais do que descer e sentar-se com os seus homens, ver sua filha se casar e beber litros de cerveja até não poder mais. Mas ele não podia. Ele tinha uma longa lista de deveres para cumprir, antes mesmo que pudesse pisar fora do seu castelo. Afinal de contas, o dia do casamento de uma filha representava obrigações para um rei: ele tinha de cumprir com o seu conselho; com seus filhos e com uma longa linha de suplicantes que tinham o direito de ver o rei neste dia. Ele teria sorte se pudesse deixar seu castelo a tempo para a cerimônia do pôr do sol.

*

MacGil estava vestido com seu melhor traje real: calças de veludo pretas; um cinto de ouro; uma túnica real feita da mais fina seda púrpura e ouro; um manto branco; botas de couro brilhantes cobrindo até suas panturrilhas e usando sua coroa de ouro ornamentada com um grande conjunto de rubis no centro. Ele desfilou pelos corredores do castelo, ladeado por seus servos. Caminhou através das salas uma após outra, descendo as escadas do parapeito, cruzando seus aposentos reais através do grande salão abobadado, com seu teto elevado e painéis de vitrais. Finalmente, ele chegou a uma porta de carvalho antigo, grossa como um tronco de árvore, que foi aberta por seus assistentes antes que ele ingressasse. A Sala do Trono.

Ваша оценка очень важна

0
Шрифт
Фон

Помогите Вашим друзьям узнать о библиотеке

Скачать книгу

Если нет возможности читать онлайн, скачайте книгу файлом для электронной книжки и читайте офлайн.

fb2.zip txt txt.zip rtf.zip a4.pdf a6.pdf epub ios.epub fb3

Популярные книги автора