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ASSASSINATO NA MANSÃO
(UM MISTÉRIO DE LACEY DOYLE — LIVRO UM)
FIONA GRACE
Fiona Grace
A nova autora Fiona Grace apresenta a série de MISTÉRIOS LACEY DOYLE, que inclui ASSASSINATO NA MANSÃO (Livro 1), MORTE E UM CÃO (Livro 2) e CRIME NO CAFÉ (Livro 3). Fiona adora ouvir a opinião de seus leitores, então, visite www.fionagraceauthor.com para ganhar ebooks de graça, saber as últimas novidades e manter contato.
Copyright © 201 por Fiona Grace. Todos os direitos reservados. Exceto como permitido pelo Ato de Direitos Autorais dos EUA, publicado em 1976, nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida, distribuída ou transmitida em qualquer formato ou por qualquer meio, ou armazenada num banco de dados ou sistema de recuperação, sem permissão prévia da autora. Este eBook está licenciado apenas para uso pessoal. Este eBook não pode ser revendido ou doado a outras pesoas. Se você quiser compartilhar este eBook com outra pessoa, por favor, compre uma cópia adicional para cada indivíduo. Se você está lendo este livro sem tê-lo comprado, ou se não foi adquirido apenas para seu uso, por favor, devolva-o e compre seu próprio exemplar. Obrigado por respeitar o trabalho da autora. Esta é uma obra de ficção. Nomes, personagens, empresas, organizações, lugares, eventos e incidentes são produto da imaginação da autora ou usados de forma fictícia. Qualquer semelhança com pessoas reais, vivas ou mortas, é mera coincidência. Foto da capa: Helen Hotson, todos os direitos reservados. Usada sob licença da Shutterstock.com.
LIVROS DE FIONA GRACE
MISTÉRIOS DE LACEY DOYLE
ASSASSINATO NA MANSÃO (Livro 1)
MORTE E UM CÃO (Livro 2)
CRIME NO CAFÉ (Livro 3)
ÍNDICE
CAPÍTULO UM
CAPÍTULO DOIS
CAPÍTULO TRÊS
CAPÍTULO QUATRO
CAPÍTULO CINCO
CAPÍTULO SEIS
CAPÍTULO SETE
CAPÍTULO OITO
CAPÍTULO NOVE
CAPÍTULO DEZ
CAPÍTULO ONZE
CAPÍTULO DOZE
CAPÍTULO TREZE
CAPÍTULO CATORZE
CAPÍTULO QUINZE
CAPÍTULO DEZESSEIS
CAPÍTULO DEZESSETE
CAPÍTULO DEZOITO
CAPÍTULO DEZENOVE
CAPÍTULO VINTE
CAPÍTULO VINTE E UM
CAPÍTULO VINTE E DOIS
CAPÍTULO VINTE E TRÊS
CAPÍTULO VINTE E QUATRO
CAPÍTULO VINTE E CINCO
CAPÍTULO VINTE E SEIS
CAPÍTULO VINTE E SETE
CAPÍTULO VINTE E OITO
EPÍLOGO
CAPÍTULO UM
Sem culpa.
Era o que estava escrito nos papéis do divórcio, em tinta preta e negrito, gritante contra a brancura do papel.
Sem culpa.
Lacey suspirou enquanto olhava para os documentos. O inócuo envelope de papel pardo acabara de ser entregue por um adolescente com espinhas no rosto e atitude blasé, como se estivesse entregando uma pizza. E embora Lacey soubesse imediatamente o motivo pelo qual estava recebendo uma carta pelo correio, ela não sentiu nada no momento. Foi só depois que se sentou pesadamente no sofá da sala — onde o cappuccino que ela havia abandonado ao ouvir a campainha estava na mesa de café, ainda expelindo pequenos vórtices de vapor — e retirou os documentos do envelope, que ela realmente sentiu o impacto.
Eram os documentos do divórcio.
Divórcio.
Sua reação foi gritar e jogá-los no chão, como se ela tivesse aracnofobia e tivesse acabado de receber uma tarântula viva.
E agora eles jaziam ali, espalhados pelo tapete estiloso e extremamente caro, que ela ganhou de presente de sua chefe, Saskia, na empresa de design de interiores onde trabalhava. As palavras David Bishop versus Lacey Bishop a encararam. A partir da massa sem sentido de letras, as palavras começaram a se formar diante de seus olhos: dissolução do casamento, diferenças irreconciliáveis, sem culpa...
Ela pegou os papéis timidamente.
Claro, aquilo não era uma surpresa. Afinal, David terminou o casamento de catorze anos com a exclamação: "Meu advogado vai entrar em contato com você!" Mas isso ainda não havia preparado Lacey para as consequências emocionais de realmente estar de posse dos documentos. De sentir seu peso, solidez e ver aquele texto horrível, ousado e preto declarando impecabilidade.
Era como Nova York fazia as coisas — divórcios sem culpa dão menos trabalho, certo? —, mas "sem culpa" parecia um pouco demais, no que dizia respeito a Lacey. De qualquer forma, a culpa, segundo David, era toda dela. Trinta e nove anos e nenhum bebê. Nem mesmo o menor sinal de uma ninhada. Nenhuma onda hormonal ao ver os recém-nascidos de seus amigos — e vinham aparecendo muitos, se materializado em um fluxo interminável de pequenas coisinhas boas de apertar que não faziam precisamente nada se agitar dentro dela.
"Seu tempo está acabando", explicou David enquanto tomava uma taça de merlot uma noite.
Claro, o que ele realmente quis dizer foi: "Nosso casamento é uma bomba-relógio".
Lacey suspirou profundamente. Ela não tinha ideia, quando se casou com ele aos vinte e cinco anos, em um turbilhão de confetes brancos e bolhas de champanhe, que priorizar sua carreira sobre a maternidade se voltaria contra ela tão espetacularmente.
Sem culpa. Ha!
Ela foi procurar uma caneta — sentindo, de repente, como se seus membros fossem feitos de aço — e encontrou uma no pote de chaves. Pelo menos as coisas estavam organizadas agora. Não há mais David correndo em busca de sapatos perdidos, chaves perdidas, carteiras perdidas, óculos de sol perdidos. Ultimamente, tudo estava onde ela havia deixado. Mas, naquele momento, isso não servia muito como prêmio de consolação.
Ela voltou ao sofá, caneta na mão, e posicionou-a sobre a linha pontilhada na qual deveria assinar. Mas, em vez de pousá-la no papel, Lacey parou e a caneta ficou ali, pairando apenas um milímetro acima da linha, como se houvesse algum tipo de barreira invisível entre a ponta esferográfica e o papel. As palavras "cláusula de apoio conjugal" chamaram sua atenção.
Franzindo o cenho, Lacey procurou a página apropriada e examinou a cláusula. Por ser a pessoa com o salário mais alto do casal e a única proprietária do apartamento em Upper Eastside em que ela estava, Lacey teria que pagar a David uma "quantia fixa" por "não mais que dois anos", para que ele "organizasse" sua nova vida de uma maneira "consistente com a que ele tinha antes".
Lacey não pôde deixar de dar uma risada triste. Que ironia que David estivesse lucrando com a carreira dela, exatamente o que acabara com o casamento deles! Claro, ele não pensava assim. David chamaria isso de "recompensa". Ele sempre fazia questão de equilíbrio e justiça. Mas Lacey sabia o que realmente era esse dinheiro. Retribuição. Vingança. Retaliação.
E eu tomo naquele lugar duas vezes, ela pensou.
De repente, a visão de Lacey ficou embaçada e uma mancha apareceu em seu sobrenome, fazendo a tinta distorcer e o papel amassar. Uma lágrima intrometida caiu de seus olhos. Ela enxugou o olho inconveniente agressivamente com as costas da mão.
Vou ter que mudar meu nome, ela pensou enquanto olhava para a palavra agora deformada. Voltar ao meu nome de solteira.
Lacey Fay Bishop não existia mais. Havia sido apagado. Esse nome pertencia à esposa de David Bishop e, uma vez que ela assinasse na linha pontilhada, não seria mais aquela mulher. Ela se tornaria Lacey Fay Doyle mais uma vez, uma garota na qual ela não habitava desde os vinte e poucos anos e da qual ela nem se lembrava mais.
Mas o nome Doyle significava ainda menos para Lacey do que o que ela tinha pego emprestado de David nos últimos catorze anos. Seu pai foi embora quando ela tinha sete anos, imediatamente após férias familiares encantadoras na idílica cidade litorânea de Wilfordshire, na Inglaterra. Ela nunca mais o viu. Estava lá num dia, tomando sorvete em uma praia escarpada, deserta e varrida pelo vento, e sumido no dia seguinte.